quinta-feira, 22 de março de 2012

Rainha da Dor

(Para ler ouvindo: Zé Ramalho "Mistérios de meia-noite").

A porta de emergência se abre, uma mão manchada de sangue aparece entre a fresta, em seguida um braço branco como leite e e depois todo o corpo da mulher. O que cobre o corpo dela é um trapo, são apenas restos de algo que aparenta um dia ter sido um vestido branco.

Ela olha ao seu redor, um beco sujo e escuro. Não sabe que horas são, ela não sabe o que fazer, não sabe como voltar para casa.

Em suas coxas grossas existem mais manchas vermelhas e também manchas de algo branco e viscoso.

Ela está com frio e sozinha, aparentemente se ela seguir em frente chegará à rua, a maldita rua por onde ela entrou no prédio, ela não sabe se isso pode ser uma boa idéia.

Primeiro passo: aparentemente o beco está vazio.

Segundo passo: realmente o beco não está vazio, a sua direita um fantasma está se drogando atrás de uma caixa de papelão, embora a mulher quase tenha desmaiado com susto ele nem tomou conhecimento da sua presença. Ela pensa em voltar, mais não sabe se o beco é mais perigoso que aquele lugar estranho de antes

Terceiro passo: mais uma evidência de que o beco não está vazio, ela ouve uns gemidos estranhos, a sua esquerda o lobisomem está transando com a grande abóbora e assim como o fantasma não tomam consciência da presença da mulher.

Ela se vê com seu vestido em frangalhos, mãos e pernas manchadas, não vai mais contar os passos, ela acredita ser melhor correr para rua e acreditar em Deus.

No caminho para a rua ela vê um dragão deitado no chão, é também um coelho gigante vomitando em uma lata de lixo.

Finalmente a rua e a luz do poste.

Quase sem fôlego ela olha para a porta por onde entrou por onde todo esse pesadelo começou.

Exatamente quando ela pensa como isso poderia terminar, na porta aparece um vampiro com uma cara preocupada olhando para os lados até que à encontra.

- Por onde você esteve? – perguntou o vampiro.
- Eu estava sozinha naquele lugar cheio de gente estranha…
- Gente estranha? Isso é uma festa do Dia das Bruxas além do mais você está fantasiada de mulher estuprada, quer coisa mais estranha do que isso?
- Eu me assustei e sai… – disse a mulher com vergonha.
- Olha não é nem nove horas ainda, vamos voltar lá para dentro, a música está muito legal – disse conduzindo a mulher – Relaxe, eu vou te apresentar um cara que eu conheci, ele está vestido com uma fantasia de chuveiro, realmente uma figura...

“No dia das bruxas os velhos fantasmas vêm até nós. Para alguns eles falam; para outros são mudos”.  Dia das Bruxas – Eleanor Fajeon.

Márcio Brigo
Fevereiro 2004
marciobrigo@yahoo.com.br
www.marciobrigo.blogger.com.br (endereço descontinuado)
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E assim eu escrevi em 2004...
Olha gente estou me esforçando muito para voltar a escrever, consegui, mas ainda não vou postar pois não quero soltar só um texto e ficar 6 meses sem mais nada, vou tentar colocar algo por aqui ao menos a cada 15 dias (duvido).
O que eu posso dizer é o seguinte, tenho planos de trazer todo mundo de volta:
A Ladra Gizele, o Cavalereiro Azul e estou pensando em uma tal serie Ad Extremum. 

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Terminal

Aqui é o fim da linha, se você não sair agora vai ter que voltar e começar tudo de novo.