quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Feliz Natal, óculos e mais alguma coisa.

Para ler ouvindo alguma canção da sua infância.

digitalizar0006

 

E foi assim, que no ano de 1986 eu recebi o meu primeiro diploma, lembro que este dia foi muitoespecial, mas oue chama a atenção aqui é o Óculos

 

Já na pré-escola usava óculos, quando me imagino, ou ainda quando me vejo em sonhos lá estou de óculos, eles já fazem parte do meu corpo, há até quem diga do meu DNA.

 

E os óculos são a primeira lente que usei para enquadrar o mundo, a minha moldura eterna.

 

Com essa revelação (juro que não foi trocadilho) a vocês meus amigos deixo o meu FELIZ NATAL.

 

Um padre disse certa vez:

 

“Sejam felizes a sempre acreditem em Deus”

Beijos e abraços.

Márcio Brigo

PS: Existem poucas coisas no mundo que eu odeio, certamente entre elas está este Shortinho.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Paralamas no Sesc Itaquera

Para ler ouvindo: Qualquer uma do Paralamas

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Não tava nem de longe nos meu planos ir a este show, mas ontem a tarde entrei no Catraca Livre e encontrei, perto de casa e barato, bora, bora!

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O Show foi maravilhoso, o Herbert, o Bi e o Barone mandaram muito bem, fui muito bom como sempre.

Eu até ia escrever uma resenha, mas fui por diversão e o Paralamas não precisa de resenha, então segue ai mais umas fotos, e boa semana a todos.

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P.S.: Estas fotos também marcam uma outra novidade neste blog, são as primeirias no novo layout que eu tirei com a Pricesa Suzana

"Vida longa e prospera"

sábado, 13 de dezembro de 2008

Amizade e Confiança, ou o culpado disso tudo.

Para ler ouvindo: Los Hermanos: Cara estranho (rs, foi de sacangem essa).

IMG_7162

 

São poucas pessoas mesmo entre os amigos, que eu me sinto a vontade para entregar a minha câmera, mesmo para um foto simples, como a foto acima, que é genial por uma serie de fatores a começar por quem a tirou, que é a pessoa da foto abaixo (rsrs, tá virando clichê do blog esse trocadilho). Roger, o homem a lenda o mito.

 

Você que está lendo este texto e gosta das minhas fotos tenho para ti uma informação, foi por causa deste meu amigo que comecei a fotografar.

 

Adorei o enquadramento deste foto que ele tirou, raras vezes gosto de ser fotografado e nesta ele acertou em cheio. Muito melhor do que o enquadramento que eu escolhi para a foto dele.

 

IMG_7161

Amigo Roger fotografe mais, sei que tens outros projetos, mas considere a possibilidade!

 

Estas fotos foram tiradas na virada cultural deste ano.

 

Só para constar as pessoas que eu confio minha câmera são; o próprio Roger, o Ton, a Tatá e deve ter mais umas 3 ou quatro pessoas no máximo, ainda mais agora com a Princesa Suzana.

 

 

  Informações das fotos.

 

File Name    IMG_7162.JPG
Camera Model Name    Canon PowerShot A550
Shooting Date/Time    27/4/2008 15:08:50
Tv (Shutter Speed)    1/640
Av (Aperture Value)    2.6
Exposure Compensation    0
ISO Speed    80(Auto)
Lens    5.8 - 23.2 mm
Focal Length    5.8 mm
White Balance    Auto

 

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File Name    IMG_7161.JPG
Camera Model Name    Canon PowerShot A550
Shooting Date/Time    27/4/2008 15:08:27
Tv (Shutter Speed)    1/125
Av (Aperture Value)    7.1
Exposure Compensation    0
ISO Speed    80(Auto)
Lens    5.8 - 23.2 mm
Focal Length    5.8 mm
White Balance    Auto

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Feliz dia do Palhaço

Para ler ouvindo: Los Hermanos - Pierrot

IMG_4587

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

E tão somente!

São os votos do Palhaço Azul.

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No dia do palhaço olha oq o Orkut me escreve:

Sorte de hoje: Um dia sem sorrisos é um dia perdido

Gabi sobre seu comentário no post anterior fiquei curioso, onde estárá essa Gabriela? Me parece que vc quer uma continuação para o texto?

Quem não tem saudades do velho sonho de valsa branco, que diga-se de passagem só comi com você.

Ton e Luiz, sempre parceiros! Valeu a força.

Em tempo, quem me pintou deste jeito foi a Tatá e a a Taiani para uma surpresa para uns amigos em março deste ano.

Pessoal ainda estou catalogando as fotos, tá osso, mas vai acabar logo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Cata-logo!

Para ler ao som de Titãs - Sonifera Ilha

 

IMG_0938

 

Eu adoro essa foto, foi uma das primeiras que eu tirei com a câmera, sempre gostei de fotos com a função macro.

 

Aviso, se você já conhece o meu trabalho em fotografia e está achando falta de alguma coisa, calma, pois eu ainda estou catalogando as minhas fotos e estou fazendo isso em ordem cronológica, ainda estou maio deste ano, eu sei que ta rápido, mas mesmo assim é trabalhoso.

 

Hoje também com começa uma nova seção aqui, se chama “Ilusório e Misterioso” isso é porque vou “requentar” os textos do meu antigo blog que saiu do ar, então abaixo das especificações da foto acima (rsrsrs...). Vocês podem ler o texto Maverick, este texto foi escrito em 2003, por conta de uma grande tristeza que uma amiga de faculdade chamada Gabriela estava passando – Gabi, você está obrigada a comentar este texto.

 

Gosto muito deste texto, pois tem velocidade e é urbano, foi o começo de uma fase de escrita que veio terminar com a criação deste blog (Estação Visão).

 

Camera Model Name    Canon PowerShot A550
Shooting Date/Time    22/12/2007 12:55:23
Shooting Mode    Manual
My Colors Mode    Off
Tv (Shutter Speed)    1/160
Av (Aperture Value)    2.6
Exposure Compensation    0
ISO Speed    80(Auto)
Lens    5.8 - 23.2 mm
Focal Length    5.8 mm
White Balance    Custom
AF Mode    Single AF
AF Range Mode    Macro

 

Maverick

(Para ler ouvindo: “Black Night” Deep Purple).

 

maverick

 

Brasil, São Paulo, Avenida radial Leste com a rua Tuiutí, quarta-feira duas e dezesseis da manhã. Um Maverick GT 1979, oito cilindros, vermelho com duas faixas pretas está parado no semáforo. Gabriela está no comando do Maverick, sua bota direita “bomba” o acelerador várias vezes, sua calça de couro está levemente molhada, seu braço direito com uma tatuagem “I love Lucy” está segurando o câmbio em primeira marcha. A sua bota esquerda pressiona até o fundo a embreagem, sua mão esquerda enterrada entre seus cabelos ruivos. Gabriela pensa: “Cadê você Deus?”.


Gabriela está chorando. O semáforo abriu, Gabriela tira o pé esquerdo da embreagem suavemente e quando o Maverick está em movimento ela coloca segunda marcha, seu pé direito aperta o acelerador com tanta força que ela quase se esquece de tirá-lo para colocar a terceira marcha, a rotação do motor é tão alta e estridente que se o rádio estivesse ligado não seria possível ouvi-lo, novamente Gabriela acelera, o segundo estágio da carburação faz o carro chegar a oitenta quilômetros por hora já próximo ao metrô Penha onde ela reduz a marcha para segunda, primeira e pára. Novamente Gabriela pensa: “Cadê Você Deus?”. Ela se pergunta onde estava Deus quando ela, mesmo contra toda sua família, comprou um Maverick GT 1979. O semáforo está verde. Gabriela se pergunta onde estava Deus quando o seu namorado reclamou que ela não dava mais atenção para ele, pois só pensava no Maverick. Primeira marcha. Gabriela se pergunta onde estava Deus quando ela se endividou toda para pagar o Maverick e teve que parar a faculdade. Segunda marcha. Gabriela se pergunta onde estava Deus quando seus pais precisaram dela, pois sua irmã estava doente e ela não tinha dinheiro, já que estava pagando a pintura do seu Maverick. Terceira marcha. Gabriela se pergunta onde estava Deus quando ela cada vez mais apaixonada por seu namorado o sentia cada vez mais distante. Quarta marcha, barulho ensurdecedor, o Maverick está a mais de cento e vinte quilômetros por hora. Ela se pergunta onde estava Deus quando seu namorado terminou o namoro. Quinta marcha, semáforos vermelhos não fazem diferença.


Gabriela chora e suas lágrimas escorrem por seu queixo e caem na sua calça de couro, ela começa a soluçar, ela esta próxima à estação Artur Alvim. O mundo é todo um grande borrão, parte por suas lágrimas e parte por ela estar a cento e vinte quilômetros por hora. Gabriela não tem parâmetros, não está preocupada, nem com medo, só se pergunta: “Cadê você Deus?”. A esta altura o Maverick já está a duzentos quilômetros por hora chegando ao metrô Itaquera. Gabriela e o Maverick, o único casal da noite, o único casal da balada. Uma última vez Gabriela se pergunta: “Cadê você Deus?” E neste momento o Maverick, que já está a duzentos e vinte quilômetros por hora, perde o controle, bate na guia e capota três vezes.


O carro caiu morto em um córrego que fica pouco depois do metrô Itaquera. Gabriela agora não está mais soluçando com as lágrimas e sim com o sangue, o silêncio fere seus ouvidos, ela desmaia.


Barulho, sirenes, Gabriela esta voltando a si, ainda dentro do carro, mas antes que ela possa fazer a pergunta que fez a madrugada toda, Ele se manifesta na voz de um para medico.


- Hoje, no meu plantão, ninguém vai morrer!

Márcio Brigo

 

domingo, 7 de dezembro de 2008

Molhado

Para ler ouvindo: Luiz Melodia - Cruel

IMG_1706

Olha que engraçado, se vocês que está lendo este texto já me conhece sabe que alem de escrever eu gosto muito de fotografar – há até quem diga que eu sou fotógrafo – então pensava eu aqui com os meus botões, porque não criar um blog para fotografia? Já que segundo dados oficiais, estou fotografando a razão de duas mil fotos mês – não que todas sejam publicaveis. Já estava eu com o dedo no botão criar quando pensei; quase não uso este espaço, sempre sou cobrado pelos visitantes que não atualizo, o nome do blog é Estação Visão, o que mais está faltando? Um template novo, então, nas próximas semanas ele vem – ou não.


Vou assumir um compromisso com vocês, um post por semana. Se você me conhece sabe que é difícil eu cumprir isso - cheguei a ficar seis meses sem publicar, mas vou tentar. Quem é amigo a bastante tempo e acessava o outro blog, Ilusório e Misterioso, pode dizer tchau, pois este o Globo.com, fez o favor de mandar para as cucuias, então vou colocar alêm dos meus textos normais alguns antigos e fotos.


Então la vai, a foto ai de cima foi tirada com as configurações abaixo (rsrsrs...) com a minha antiga Canon A550, que aliais foi a câmera que me ensinou a “cozinhar” fotografias, hoje é o Ton que a está usando em seus click´s. Roger antes que você me pergunte esta idéia não mata a nossa de criar um blog coletivo de fotografia.


Shooting Date/Time 8/1/2008 17:05:45
Shooting Mode Manual
Tv (Shutter Speed) 1/640
Av (Aperture Value) 4.5
Exposure Compensation 0
ISO Speed 400(High ISO Auto)
Lens 5.8 - 23.2 mm
Focal Length 15.8 mm
Digital Zoom None
White Balance Custom

domingo, 23 de novembro de 2008

Lágrima do Cavaleiro

Recomenda-se a leitura deste e deste texto para uma melhor compreenção da história.

Para ler ouvindo: O som da Chuva

Lágrimas do Cavaleiro antonisp

O dia quente de verão ilumina tudo, torna o céu e o mar um grande painel, calor agradável para um banho de mar que está calmo com suas ondas em movimentos monótonos em direção a praia. Tudo seria muito tranqüilo não fosse por um ponto vermelho boiando no mar, logo vemos, não é apenas um, e sim o começo de uma mancha vermelha que cobre boa parte da praia.

Guerra.
Exércitos se encontram em um confronto sangrento, já estamos em batalha adiantada, toda a estratégia se foi. Toda a inteligência se foi. Agora o sangue escorre misturado ao suor e a água do mar.

Temos dois exércitos, Vamos encontrar os bárbaros que querem apenas tudo dominar e os homens destemidos que pretendem voltar para uma pátria e para suas amadas.

Entre este último grupo encontramos o Cavaleiro Azul. Ele é o seu líder e está preocupado, mesmo com toda estratégia usada no começo da batalha.

A quantidade de inimigos é muito grande, como toda a estratégia se foi, temos (apenas) braço contra braço (corpo a corpo), não há mais cavalos, não há mais lanças, apenas homens se batendo uns contra os outros.

Entre estes homens o Capitão – o segundo em comando - em sua conversa prévia com o Cavaleiro ficou acertado que um sinal tiraria seus homens daquele lugar; O capitão se pergunta como ele fará isso com tantos inimigos ao redor. Na realidade nem mesmo o Cavaleiro sabe como salvar seus homens, ele vai apenas seguir seus instintos.
- Formem um circulo! – Esbravejava o Cavaleiro balançando sobre sua cabeça a Alma do Céu, nome de sua espada, seu extensão como guerreiro.
    - Vocês ouviram o cavaleiro – Apoiou o Capitão, já se colocando no circulo.

Ao contrario do que poderia parecer o Cavaleiro não ficou no circulo e sim dentro dele.

Os inimigos bárbaros estavam cada vez mais violentos. Dentro do circulo o cavaleiro puxava alguns homens, os mais forte. Por um momento o Capitão até pensou que o cavaleiro estava tentando se proteger, mas foi só até ver a movimentação.

O Capitão sentiu um arrepio estranho ao ver o Cavaleiro Azul ser arremessado para fora do circulo como uma bola de canhão, os inimigos são tantos que o cavaleiro sequer cai no chão e já começa a ser atacado, os bárbaros sabiam que ele era o líder, afinal a única armadura azul era a dele.

E aqui começa o futuro, sem usar o cérebro, apenas os músculos o cavaleiro começa a balançar a sua espada e a ceifar vidas e decepar cabaças, a luta é tão violenta que o Cavaleiro anda sobre os corpos dos inimigos.

As chances não mudaram para o Cavaleiro, o exercito inimigo ainda é mais de 30 vezes maior. O Cavaleiro não se recorda de uma luta tão violenta. Eventualmente ele é atingido, mas a armadura consegue segurar os golpes, ao menos até agora.

Um bárbaro arremessa um machado em direção ao Cavaleiro, impacto direto. Neste mesmo momento o Capitão tenta levar os homens em direção ao cavaleiro, mas não consegue são muitos inimigos, parece que saem da terra, alem do mais todos estão molhados, pesados, exaustos.

O machado não derrubou o Cavaleiro, mas tirou seu elmo, o cavaleiro sente o sol em sua barba e como um animal selvagem ferido se lança com mais violência contra o inimigo, mas com menos cuidado também.

As partes da armadura do cavaleiro começam a cair uma a uma, já com o peito nu, ficam a mostra as tatuagens que cobrem quase todo o tronco do cavaleiro, mas estas imagens não ficam a mostrar por muito tempo, pois em poucos segundos seu corpo já está todo coberto se sangue, a maior parte dos inimigos é verdade.

O Cavaleiro Azul é um guerreiro sagrado, um homem de fé, sempre foi. Neste momento ele começa a se questionar se vai mesmo conseguir cumprir a promessa feita ao Capitão.

Uma lágrima escorre do rosto do Cavaleiro, ato que não fica claro, pois mesmo com o dia que se fazia muito claro a praia é invadida de uma chuva torrencial.

A espada está pesando em sua mão o cavaleiro não conseguirá segura-la por muito tempo.

- E agora? - Se pergunta o Cavaleiro.

Como que respondendo a sua pergunta. Do céu um raio acerta em cheio a Alma do Céu, todos os soldados sem exceção são lançados ao chão.

- Retirada – Grita o Capitão, se levantando, afinal não existe sinal mais evidente do que este.

E com este grito, os corajosos correm.

Mas não é simples assim, os bárbaros estão se levantando e vão se reorganizar em segundos. E se não na praia, vão encontrar os homens na floresta ou mais adiante, é apenas uma questão de tempo, fugir apenas retardara um próximo confronto.

O os homens correndo em direção a floresta não conseguem ver a cena mais importante desta batalha.

O Cavaleiro Azul nu, todo coberto de sangue agora só tem os punhos para se defender, vai atacar os homens que ainda estão no chão, mas não, ele não chega a levar adiante sua idéia.

Outro raio, desta vez no peito do Cavaleiro. O Capitão por estar de costas para a praia sente apenas seu corpo ser lançado para frente, e se lembra do que o cavaleiro disse no dia anterior:
“- Aconteça o que acontecer, não parem, estarei com vocês no futuro.”

De costas o capitão houve apenas os gritos e não pode ver o que está acontecendo, ele coordena a retirada, quer tirar o máximo de homens desta praia. O que ele não vê é uma transformação.

Quando o clarão do raio se dissipa podemos ver aquele que antes era o Cavaleiro Azul agora está transformado em um urso enorme, com o pelo azul, como um céu de um dia claro, no entanto as ações do urso são muito mais parecidas com a tempestade que assola a praia neste momento, sangue, sal e areia, por todo lado,

Correndo o Capitão ouve um estranho galope que faz a terra tremer, mas continua seguindo as suas ordens.

Urso Azul um animal irracional com patas que parecem de aço, e pelo muito espesso, não demora colocar tudo isso a prova, os inimigos são arremessados para todos os lados, alguns perdem partes de seu corpo com os movimentos bruscos do Urso. Ele galopa pela praia dizimando os inimigos, espalhando homens, água e areia, nenhuma espada pode feri-lo, nada pode fazê-lo parar, em minutos a batalha está terminada.

Um urro mais forte faz a chuva parar da mesma forma que começou.
Tudo esta de volta a seu lugar?

O Capitão e seus homens já estão bem longe na floresta, o Urso Azul entra na floresta também, mas em outra direção, ele quer apenas descansar.

No acampamento aquela noite o Capitão ouve do soldado que enviou para espionar a práia, que não houve sobreviventes, nas palavras do soldado, fora uma ira divina que assolou a praia.
- Onde estará o Cavaleiro Azul?

O quê o Capitão não sabe é que aquele Urso Azul está se transformando de novo, mas não é no Cavaleiro Azul...

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Termina-se este texto com o som de Matamorfose Ambulante: Raul Seixas.

Mais uma vez eu digo, que este texto tem mais verdade do que parece.

Este é o terceiro “Episódio” de uma série que começou no Três, mas que vive aqui, aliais ele tb está

No próximo episódio.

Um menino tatuado, uma Coruja Branca.e um Guerreiro de Fé.

Obrigado a Carol Marzagão pela força e ao Roger que praticamente participou do processo criativo.

Foto: AntonisP

domingo, 31 de agosto de 2008

Jarbas Passarinho na Carta Capital

Para ler ouvindo: Uma música de sua preferência.

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Hoje dia 31 agosto de 2008 coloquei a mão na revista "Carta Capital" com a matéria de nome "Jarbas Passarinho", o que ela tem de importante? É minha primeira foto em uma revista (já comecei bem).

IMG_3939Para quem não sabe, eu faço parte de um projeto chamado Anonimato S\A, onde fotografo matérias e alguns temas solicitados por meu amigo Luiz Alberto de Carvalho, editor do site, o fato é que fomos levados a revsita Carta Capital, por uma matéria que ele escreveu e eu fotografei.

Se vc quer conhecer mais o nosso trabalho clique no aqui ou

Aqui para a materia no site da "Carta Capital" (sem fotos);

Aqui a versão de matéria no site Anonimato S\A (com fotos);

Ou ainda na versão impressa :-)IMG_2567

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Universo dentro de Mim ou Ainda não.

Para ler ouvindo: O som desvairado da cidade.

angustia

Acordei, mas estou tão cansado, tão cansado, parece que tem alguém nos meus ombros. Estou deitado em pé de pijama na plataforma do metrô, com a cara amassada e cansada, estou triste, tão triste, uma tristeza que me abraça como uma mulher que usa um vestido negro, ela passa por mim, olha na minha cara e é atropelada pelo metrô. Participo da dança das cadeiras e me sento. Sento feliz, mas triste. Acontece um barulho, não quero ouvir, vou aumentar o mp3, não posso, dois homens trocam socos, não quero ver, mas não posso evitar, estão se batendo, se xingando, de repente sou eu, eu me bato e me xingo, mas depois não sou eu, eu estou vendo tudo, socos e pontapés, alguns separam outros gritam, outros me batem ou me xingam, acabou um desceu e outro ficou e eu por estar cansado fiquei em pé, nossa que tristeza, a mesma mulher de vestido negro olha por entre minhas pernas, passa a mão por minhas coxas, quer pegar o meu pinto, não vou deixar. Quero que ela vá embora, estou cansado, estou com sono, quero ficar em pé, não quero mais ficar sentado. Ela está olhando para minha cara, me mostra a língua, não quero que ela me olhe. Olho para fora e me vejo correndo com a camisa do pijama e uma gravata de seda, cada um na sua devida posição, me sinto tão sujo, tão triste, parece que estou correndo em um pinico, a mulher de negro me olha nos olhos, sinto um calafrio tão grande que me vejo de novo no metrô, com a calça do pijama e o palitó azul. Mas não importa para onde eu olhe a mulher de vestido preto me olha agora ela quer passar aquela mão gelada e nojenta na minha bunda, não vou deixar. Eu quero que ela morra, mas isso não vai ser possível, eu abro a boca, vou gritar, mas quando faço isso minha boca se enche de água, parece que estou em um lago, só consigo respirar pelo nariz, não tenho mais voz, meu Deus. Uma mulher passa mal e cai sobre mim, eu a amparo, seu calor em mim. Sou eu que estou passando mal, sou eu que estou sendo amparado por outros, estou fora de mim mais uma vez, meu Deus que tristeza, que cansaço, eu não posso mais suportar, não posso mais agüentar, não quero mais isso, não quero mais essa vida, só me resta fazer uma coisa, vou descer na próxima estação. Eu me esquivo de vômitos e excrementos até que porta se abra e eu seja lançado para fora como um cloriforme fecal. Em pé deitado no meio da “rua-estação-qualquer lugar-não importa” tiro a calça do pijama forro o chão e uso a gravata para um curativo dos socos que eu tomei na cara e por fim, choro! Choro minha tristeza, choro minha angustia, choro o sentimento de perda, choro questões mal resolvidas, choro por meus pais e por meus filhos, no meio do meu choro me pergunto, por quê ela fez isso, por quê? Ela deve ter tido lá suas razões. Chorando convulsivamente olho para a mulher de vestido negro que agora está com vestido levantado como que pedindo um coito, jogo minhas lágrimas nela, xingo ela de filha da puta, cuspo em sua cara, quero chuta-la, mas não vou fazer isso, posso precisar de suas gentilezas no futuro, então visto o meu capuz de palhaço, imediatamente fico invisível aos seus olhos, e minha vida pode voltar ao normal.

Ainda não!

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Quem acompanha o meu trabalho desde o começo sabe que eu reneguei este tipo de texto há algum tempo, mas eu precisava soltar isso em palavras. Outra coisa este texto não foi e não será revisado, ao menos desta vez quero que os meus sentimentos passem direto para vocês.

O próximo texto é a esperada continuação do Cavaleiro Azul.

Foto: Samuel Möder

domingo, 10 de agosto de 2008

Sobre irmãos

Para ler ouvindo: U2 - Stay (Faraway, So Close!)

irmaos

Imagine que ser irmão é existir em conjunto. Ser alguém que somente por existir já sente a presença de outro, e tem aquele jeito estranho de gostar.

Como assim?

Lembro-me que uma das descrições de irmandade mais curiosas que eu recebi foi a seguinte:

“Não gosto do meu irmão, não falo com ele a mais de três anos, mas se um dia eu o encontrar na rua apanhando, vou ajudá-lo, posso até não falar com ele, mas vou ajudá-lo” – Estranho? Acho que não o amor de irmão é muito mais que palavras – perceba que não estou dizendo que o depoimento é coerente.

Imagine que um irmão tem o papel de parceiro, ele é o cara que ensina a empinar pipas, que ensina que rodar peão, que ensina como chegar até a pessoa desejada e por vezes amada.

Irmandade é uma ligação infinita que não se rompe com a distância de continentes ou o (sem virgula entre infinita e irmão) arremesso de travesseiros ou roupas sujas.

Mojica Marins (como Zé do Caixão) diz que só o sangue é eterno – bonito isso, ou não? -.

Imagine que na sétima serie eu tinha um amigo que descobriu ter uma meio-irmã por parte de pai. Sabe o quê ele fez? Na primeira oportunidade que teve, “ficou” com ela. Só depois de muito tempo percebi que expressão era aquela nos olhos dos dois, havia um prazer diferente, uma cumplicidade que nunca mais vi no olhar de nenhum outro casal – e olha que eu só fui saber de Calígula alguns anos depois.

Continua no Três

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Prelúdio [C.A.]

Para ler ouvindo: o som do mar.

foto: kindian

Já se vão quase seis anos de campanha, uma campanha sangrenta, felizmente sangrenta para o inimigo.

Um homem de guerra tem notícias a dar a seu comandante. Este homem não é um qualquer, ele é o capitão, um homem cunhado na batalha, um homem criado para servir a sua terra, praticamente uma máquina de matar, mas, hoje seu coração está apertado e seu espírito inquieto.

Por sua vez, o comandante também não é um qualquer. É conhecido apenas com uma alcunha: Cavaleiro Azul.

O capitão se sente seguro ao lado do Cavaleiro, pois, sabe que é um homem honrado. Lembra-se que pouco antes da campanha ter início ele apareceu, alardeou a chegada do inimigo e ajudou na preparação para defesa. Tornou-se o campeão da princesa, com qual se corresponde periodicamente - o capitão sabe disto pois, é ele pessoalmente que entrega a correspondência ao mensageiro.

Já se vão quase dois anos que a espada do Cavaleiro vem guiando os soldados em pleno campo inimigo, cada batalha uma vitória, nem sempre completa, mas sempre em vantagem para eles, os homens que vem seguindo o cavaleiro, ao menos até hoje.

Para dar as notícias o capitão foi encontrar o Cavaleiro em um lugar de meditação, de frente a um precipício que termina no mar, um homem de armadura azul contempla a imensidão azul do mar encontrando o céu.

Antes de dar as notícias, o capitão precisou parar. Precisava respirar, deixar a idéias se assentarem em sua cabeça.

- Percebo preocupação em você capitão - o capitão estava tão longe que quase não ouviu o a voz do Cavaleiro, este tipo de percepção sempre causa arrepios ao capitão.
- Milorde – disse o capitão se aproximando - a equipe de reconhecimento não trouxe boas noticias, a contagem preliminar do inimigo é...
- É maior que o dobro da nossa batalha mais sangrenta - completou o Cavaleiro interrompendo o capitão.

Um silêncio embaraçoso cortou a manhã quente de verão, o capitão perdeu o raciocínio. Parecia que o som do mar lambendo as pedras estava mais alto seus pensamentos voaram e ele acabou por se perguntar porque o cavaleiro não havia tirado sua armadura como todos os outros.

- Capitão conheço-lhe bem. Sei que não estaria com o espírito abalado desta forma se não fosse realmente sério - continuou o homem de armadura – Diga-me, sente saudades de casa?
- Mas é claro milorde, todos sentimos.
- Está na hora de voltar, não está?
- Mas, se voltarmos daqui com todo o efetivo seremos pegos no meio do caminho.
- Sim, mas, se derrotarmos o inimigo ele não conseguirá nos seguir, principalmente quando sairmos de suas terras.
- Derrotar como milorde, se temos quase cem para um?
- Amigo capitão - O Cavaleiro Azul se virou e o homem se surpreendeu mais ainda ao perceber que ele estava de armadura completa e com o elmo abaixado - Alguma vez eu o decepcionei?

Embaraçado o homem respondeu:

- Não milorde.

O Cavaleiro abriu o seu elmo e o homem pode perceber que ele sorria, um sorriso franco de um jovem, embora ninguém soubesse ao certo sua idade. O Cavaleiro tirou de seu elmo um sândalo.

- Amigo entregue isto ao mensageiro, peça a ele que entregue a princesa Suzanna. Ele deve partir ainda hoje.
- Sim milorde, mas alguma mensagem ou carta? - O cavaleiro olhou para o mar mais uma vez, e respirou fundo como se estive sem respirar a dias e respondeu:
- Não. O vento vai dizer lento o que virá.

Mais um silêncio. Parecia que o Cavaleiro Azul estava se despedindo daquele momento. Mais uma vez o som das ondas acariciando o mar se fazia presente.

- Capitão, conversaremos mais tarde para traçar nossa estratégia, mas, lhe adianto que ao final desta batalha você e suas tropas marcharão para casa.
- Nós? E senhor milorde?
- Vocês vão precisar de um sinal avisando a hora da partida. Aconteça o que acontecer, não parem, estarei com vocês no futuro.

O capitão pensou em argumentar, mas era inútil. Não queria esperar queria falar agora com ele sobre a estratégia, queria saber o que ele faria. Desistiu e já ia saindo quando o Cavaleiro o disse:

- É um prazer servir a seu lado capitão.
- Digo o mesmo milorde!
- E capitão, não se preocupe, pois, Deus está do lado de quem vai vencer!

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No próximo episódio:
Corajosos correm.
Sangue, sal e areia.
Um estranho galope faz a terra tremer!

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Este texto tem mais realidade do que parece!

Obrigado a Tatá Bueno pela força na revisão e a Samara por ajudar na escolha da imagem.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Busca

Para ler ouvindo: The Doors - Riders on the Storm


Então, de uma pedra que poderia estar no meio do deserto, mas disto não saberemos, pois não há como saber onde fica o meio do deserto, o homem olha para o céu:

- Meu coração está apertado, quero saber onde está.

O vento envolve o homem o suficiente para tirar seus pés do chão. Ele carrega o homem e sopra a seu coração.

- O que te aflige?
- Eu não encontro - diz o homem em tom de tristeza.

Pobre homem, não sabe procurar – pensa o vento – Vou levá-lo a alguém capaz de abrir teus olhos.

- Pra onde está me levando?
- Vou te levar para o Sol, ele vai abrir as portas de sua percepção – soprou o vento nos ouvidos do homem.
- O que você quer? - disse o sol para o homem.
- Eu não encontro – Ao vento parecia que ele estava mais triste.

O sol e o vento não são bem versados, não tem o traquejo necessário para uma conversa ou orientação, mesmo que o objeto da busca esteja a um palmo, com isso em mente usando a linguagem do mundo, o sol pediu ajuda ao vento e ao deserto.

- Temos que fazê-lo enxergar.

Tão logo essa ordem foi dada o deserto emprestou suas areias ao vento que as espalhou por léguas é léguas de distância, cobrindo todo o deserto do homem, mas para não ficar de fora o sol brilhou ainda mais forte, mostrando toda a sua coroa de rei e iluminando aquela tempestade de areia como um domingo ensolarado.
Depois de muito tempo uma mão erguida significava algo. Os elementos pararam.

- Desisto! - gritou o homem - Não consigo abrir os olhos, como vou encontrar?

Se o sol, o vento e o deserto tivessem rostos seria possível ver neles a decepção.

- Vou levá-lo! – soprou o vento, tão baixo que o homem quase não ouviu.

Quando descia, o homem pode ver surgir no horizonte a gaivota que tanto o ajudou no passado, sabia que ela poderia ajudá-lo, no entanto, ao contrário dos elementos a gaivota não perguntou nada e foi direto ao assunto.

- Já fizemos esta busca juntos tantas vezes, não acredito que você não consegue ver. - Da mesma forma que chegou a gaivota se foi, o homem pode vê-la se transformar em uma gaivota dourada e sumir no horizonte.

Quase no chão, o homem sentiu uma imensa vontade de chorar, não havia encontrado o que procurava e sentia que seus amigos estavam desapontados. Quando esse pensamento lhe dominava, uma força descomunal o sacudiu e o jogou no chão de uma forma que ele a muito não sentia. Percebeu que essa força que o derrubava vinha de dentro do seu ser, parecia que não queria apenas derrubá-lo, mas esmurrá-lo, como um homem pode esmurrar a si mesmo? Foi quando o vento parou de soprar, o deserto ficou no mais absoluto silêncio, até o sol diminuiu sua intensidade para acompanhar com clareza o que aconteceria. O homem ouviu uma voz que parecia vir de todos os seus poros.

- Homem tolo, sou o que você procura, estou em você, não ao redor, pois na verdade sou você e sempre estarei aqui. Sou o seu sonho!

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Foto: Márcio Brigo

O texto faz referencia a "O Alquimista" de Paulo Coelho e a "Fernão Capelo Gaivota" e outras obras de Richard Bach.

Quero agradcer minhas amigas, Irene e Samara, que deram uma força na revisão deste texto.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Encontro

Para Ler ouvindo: Fadas - Luiz Melodia


Lá vai ele pra casa, dia tranqüilo, seu trabalho foi realizado com sucesso. No metrô, sentou-se – play – a música vai fazer o tempo passar mais depressa. Tudo está transcorrendo bem até que na estação seguinte ela apareceu, sua sensação era de que o tempo não existe mais, ele a viu. Linda em seus movimentos, cheiros, mãos e cabelos, tudo isso, seria normal, no entanto ela o estava olhando – estranho – ele está acostumado a olhar, mas está sendo observado, não vulgaridade, mas com ternura. Discretamente ele percebe até um sorriso. Deus como é linda - pensa ele sentindo uma dor estranha no peito, pudera, o espanto foi tamanho que ele se esqueceu de respirar. Ele tem que faz algo, mas o quê?

Pra inicio de conversar pensar já seria bom. Ele saca do celular (coisa de pessoa urbana) pensa homem, ela pode ser a mãe de seus filhos. Já sei!

Ele escreve. “VC E LINDA” – mas que falta de criatividade, não dá tempo de compor uma obra literária completa. Ele estica o braço para garota, com tanto medo de uma negativa que quase fecha os olhos.

Ela sorri, ela está correspondendo. Eles começam uma conversa, trocam nomes e informações sobre si, mas ali tem muita gente o metrô não está lotado, mas há de se conversar baixo em um ambiente destes.

Ele meio ressabiado a convida para tomar um ar na próxima estação, caso ele faça algo errado e receba uma negativa, em um lugar mais amplo isso não seria tão notado. Ela aceita, parece estar gostando de suas idéias e de sua conversa.

Ouvimos o som do aviso que a porta vai se fechar, e quando ela se fechar eles serão felizes para sempre, ou talvez não, mas como todos que freqüentam esse lugar sabem, isso já é uma outra história.

Quando usar o metrô na pise na faixa amarela, ela é a garantia da sua segurança!

Foto: Márcio Brigo

Terminal

Aqui é o fim da linha, se você não sair agora vai ter que voltar e começar tudo de novo.